DANÇA
ANNA LUIZA MARQUES: PUERPÉRIO
04, 05, 11 e 12.05.23, quinta e sexta às 20h"Período que decorre desde o parto até que os órgãos genitais e o estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação."
Dicionário Houaiss
Geralmente atribuem 5 a 6 semanas de puerpério para pessoas gestadoras. Porém, considerar que o estado geral da gestadora volte às condições anteriores em tão pouco tempo, parece completamente irreal. Entre dois a três anos parece mais realista.
E será que "voltar" cabe nessa situação?
Esse trabalho é sobre a experiência dentro desse período. Um solo de uma mulher que dança e fala sobre o puerpério no momento em que ela o experimenta.
“Estou exausta, feliz, triste, com vontade de voltar a ser eu mesma, e de nunca voltar, de fugir, de ser a melhor mãe do mundo, trabalhar, ser forte, dormir, ser frágil, dormir, pedir ajuda, enfrentar o mundo. Sou paradoxos e quebras de paradigmas, sou tabu, importante, simples, carente, provedora, sou tudo, estou acabada, sugada, estou feliz, juro que estou. Prazeres, dificuldades, êxtases, depressões, remédios, leite, muito leite, privação, segundo filho, lindos, exaustivos, maravilhosos, dependentes, independentes somos, sou.”
Anna Luiza Marques é artista, bailarina, professora, coreógrafa e figurinista. Co-fundadora da Antônima Cia de Dança, direção de Adriana Nunes, onde atua como bailarina intérprete e figurinista. Integra também a Mais+Companhia, direção de Diogo Granato, desde a sua fundação, com a qual participa como intérprete criadora. Como artista independente, estrelou no solo Anna, documentário-dança dirigida por Diogo Granato; dançou no premiado vídeo Buracos Negros: Experiência cine-dança em três movimentos, de Nana Maiolini; no Dança no MIS/Especial David Bowie, de Morena Nascimento; dirigiu o vídeo de dança e parkour Bruit, selecionado para o Teima Festival de Artes Online; criou o videodança Alone, com o músico Natan Marques e o videodança Outono na Janela, com o músico André Marques; coreografou para videoclipes; fez parte do coletivo Cerrado Infinito, do artista plástico Daniel Caballero, onde criou sua primeira pesquisa solo Dançando com plantas, para os festivais Descolonization, chegando na performance solo Antes do fim; fez duo com Diogo Granato no projeto Pajelança, de Cassia Navas para o Sesc; dançou na abertura do Design Weekend SP, curadoria de Felipe Morozini; já trabalhou com a SPIO Orquestra, Gume, Silenciosas+Gt'Aime...e por aí vai, sempre em movimento, pesquisando com diferentes artistas, de diferentes linguagens, para alimentar a própria.
Anna Luiza Marques: intérprete criadora
Direção, trilha sonora e iluminação: Diogo Granato