MÚSICA
Atahualpa y us Panquis: Só Alegria
10.09.19: terça às 20hA VOLTA DOS QUE PERMANECERAM PARA GARANTIR A ETERNIDADE DO QUE NUNCA VAI MORRER
Atahualpa Y Us Panquis: está de volta o grupo mais anárquico do rock brasileiro com todas suas influências que englobam pop básico, rock roots, música serialista, atonalismos, não-música e muito (mas muito!!!) noise. Os originais Jimi Joe, Paulo Mello, Flávio “Flu” Santos e o inefável Carlo “Castor” Daudt deixaram de lado seus viveres preguiçosos modorrentos e ainda convidaram o gigantesco (em todos os sentidos) Carlinhos Carneiro, para jogar luz no inominável, no indefinível, ao cometer a ousadia de em pleno 2019, gravar os não-sucessos de Atahualpa Y Us Panquis (nome de grafia duvidosa, incerta e aleatória como a não-música deste grupo de celerados) para manter eternamente acessa a chama da existência imprescindível de um de seus fundadores, o fantabuloso Carlos Eduardo Miranda, também conhecido como Gordo Miranda.
Deliciem-se ou odeiem (os Atahualpas não ligam pois sabem que tudo é nada perante a inexorável impermanência de todas as coisas e seres!) mas não deixem escapar a oportunidade de expor seus ouvidos a uma experiência muito além do que qualquer ser humano imaginaria milhas além (ou aquém) de traps, trips, Starship troopers e corações satânicos, porque, no final das contas, de qualquer maneira que as coisas se desenrolem, o cordeiro sagrado vai continuar agonizando perante olhos e ouvidos públicos como num mega musical da Broadway!
E é nesse momento que o Universo ouve, envolto em um infinito reverber, a frase definitiva naquele inesquecível timbre vocal: “É isso aí, velhinho! Bem vindo ao MiniMundo de Atahualpa!”
“Atahualpa Y Us Panquis” era a banda punk gaúcha do saudoso produtor e jurado Carlos Eduardo Miranda, (Gordo Miranda), famoso por ter reformatado o Rock e a Música Brasileira nas últimas décadas. Embora tenha um disco oficial (Agradeça ao Senhor), lançado pela Baratos Afins, nos anos 90, a banda nunca gravou seus maiores sucessos, como “Sandinista”, “Shoobidabidooba POA é Meu Lar”, “Os Analistas” e etc...
Miranda planejava regravar tudo isso com a banda, mas infelizmente não houve tempo... no entanto, o pessoal da formação original, Jimi Joe, Paulo Mello, Flu e Castor Daudt, convocou o incrível Carlinhos Carneiro (Bidê ou Balde) para substituir o Miranda nos vocais e teclados, e se propôs a gravar e lançar estas pérolas perdidas do punk rock nacional, e mais algumas inéditas! Uma tarefa gigantesca!
O resultado é “MiniMundo”, um disco surpreendentemente POP, com melodias agradáveis, letras inteligentes e afiadas e ao mesmo tempo pesado, urgente, anárquico e transgressor. Com certeza o Miranda ficaria orgulhoso demais e diria: “Isso aí, velhinho!!”
CARLINHOS CARNEIRO
É músico, jornalista e escritor, ator e modelo para fotos de antes em propagandas de antes/depois.
Além de vocalista e principal compositor da banda de rock Bidê ou Balde, com a qual circulou por todo o Brasil e América Latina, fez 8 álbuns, milhares de shows, vários clipes, ganhou prêmios, sucesso de público e crítica e até gravou um Acústico Mtv - mas atualmente está de férias -, Carlinhos também é fundador do Império da Lã, uma banda sem formação, repertório ou estilo fixo, que há 12 anos reúne artistas das mais diversas experiências musicais em shows, homenagens e espetáculos completamente diferentes entre si, mas sempre com a diversão como objetivo. Com o Império, ele já gravou 3 álbuns e há 7 anos participa do Carnaval de Rua de Porto Algre, liderando, de cima do trio elétrico, um dos mais populares blocos da capital gaúcha, que custuma ter uma média de 30 mil pessoas em suas saídas.
Incansável, Carlinhos ainda arruma tempo para fazer mais: já lançou 2 EPs com o seu projeto radical de musica autoral, o Bife Simples; lançou um livro de contos com o seu alter ego Só Mascarenhas; apresentou programas em rádio (na clássica Ipanema FM, por 4 anos) e tv (na MTV-RS e no canal experimental OCTO, da RBSTV, entre 2015 e 16); produz, atua e canta no espetáculo Coração de Búfalo; está prestes a lançar um disco com a seminal banda punk gaúcha Atahualpa y Us Panquis, onde foi chamado para substituir o icônico criador do rock gaúcho, Carlos Eduardo "Gordo" Miranda (que faleceu em 2018); e ainda faz shows solo por todo Brasil, apresentando suas influências e highlights de sua carreira.
FLU
Flu começou a sua carreira tocando em bandas de garagem na cidade de Porto Alegre.Em 1986, Flu (ainda Flávio Santos) ingressa naquela que se tornaria uma das bandas mais cultuadas do Brasil, Defalla, com a qual gravou 6 discos, realizou digressões por todo o Brasil e, em 1993, dividiu o palco com bandas como Nirvana e Red Hot Chili Peppers, no festilval Hollywood Rock.Entre 1999 e 2003, já fora do Defalla, Flu grava 2 cds: “...e a alegria continua” (Trama) e “No Flu do Mundo” (Instituto/YB). Neste mesmo período, lançou ainda diversos temas em várias compilações lançadas no Brasil.Em 2005, Flu integra a banda Totonho & os Cabra que, entre outros concertos pelo Brasil, participa nas comemorações do Brasil em França.Em 2008, com os amigos Deleve e Lu Granja, cria a banda LEME, dedicada a músicas divertidas com pitadas de rock e hip hop.No final de 2012, dividindo o tempo entre a volta do DeFalla e o seu trabalho solo, Flu lança um novo disco - metade gravado ao vivo, em Porto Alegre, e a outra metade no estúdio YB, em São Paulo.No verão de 2013, é lançado o álbum “Rocks”, em versão vinil com capa dupla, pelo selo YB de São Paulo.Ultimamente tem tocado em bares e casas noturnas com o Trio Só Amor com os amigos Carlos Carneiro e Chico Bretanha, além da volta da antológica Atahualpa Y Us Panquis, na qual o falecido amigo Carlos Eduardo Miranda era compositor e crooner.
CASTOR DAUDT
Guitarrista, cantor, baterista e compositor gaúcho, mais conhecido por ter participado da cultuada banda brasileira de rock, DEFALLA com a qual gravou diversos discos entre 1986 e 2016. Além do DEFALLA, também participou de vários grupos, desde 1978, inclusive o URUBU REI e o ATAHUALPA Y US PANQUIS, com o famoso músico, produtor musical e jurado, CARLOS EDUARDO MIRANDA, recentemente falecido, em março de 2018.
Em 2003 criou a banda tributo aos Beatles, THE BEATLES AGAIN, com a qual fez vários shows pelo Nordeste, com muito sucesso, até 2007.
Em 2011 participou da bem-sucedida reunião do DEFALLA, que provocou uma volta da banda aos palcos nacionais, com shows em festivais consagrados como o "Porão Do Rock" em Brasília, a "Virada Cultural" em SP, ao lado de atrações internacionais e o lançamento de um disco de inéditas em 2016 (Monstro/DeckDiscos-2016).
Atualmente reintegrou, como baterista, a ex-banda do Miranda, o cultuado grupo punk gaúcho, ATAHUALPA Y US PANQUIS, que está lançando um novo disco (MiniMundo) e saindo em turnê.
Seu trabalho é considerado inovador e fundamental na formatação do rock brasileiro, nas últimas décadas, com misturas de vários estilos e inovações técnicas e estéticas, sempre quebrando barreiras e paradigmas em sua carreira musical.