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TEATRO

mulhe­res pobres

27.11 a 18.12.12

Espetáculo foi concebido a partir de websérie que circulou no Youtube, com personagens criadas pelas atrizes Cecé Fialho, Daphne Bozaski, Fernanda Magnani, Flavia Strongolli e Jana Mundana. Produzida pela jornalista Roseli Tardelli, peça estreia no Teatro Centro da Terra, sob direção de Sílen de Castro

Cinco jovens mulheres de origem simples chegam a São Paulo em busca de prosperidade – a manicure-delivery Evellynn, a garçonete Kellen, a desempregada e grávida Estephany, a vendedora de DVD pirata Janaínakelly e a empregada doméstica Maráia. Moradoras da Vila Severina, elas têm seu cotidiano retratado com doses generosas de irreverência, sensibilidade e muito humor, no espetáculo teatral Mulheres Pobres. A peça estreia dia 27 de novembro, terça-feira, no Teatro do Centro da Terra para temporada às segundas e terças-feiras até dia 18 de dezembro. A direção é de Sílen de Castro e a produção é da jornalista Roseli Tardelli.

A alegria, a esperança e a batalha diária pela sobrevivência são o mote da comédia Mulheres Pobres, que nasceu da websérie de mesmo nome, uma paródia do programa de TV Mulheres Ricas (veiculado na TV Bandeirantes). Com humor e diversão, o espetáculo pretende mostrar o lado oposto da riqueza.

Com um roteiro que privilegia a criatividade, a improvisação e o talento, as atrizes Cecé Fialho, Daphne Bozaski (em cartaz nas peças Depois Daquela Viagem e Toda Nudez Será Castigada), Fernanda Magnani, Flavia Strongolli (do musical Lamartine Babo) e Jana Mundana criaram personagens originais e gravaram vários capítulos que tiveram milhares de acessos no Youtube (http://www.youtube.com/watch?v=U7gFp-lIuBU).

Com direção de Sílen de Castro, a paródia deixou de existir e nasceu uma comédia crítica e mordaz, com texto afiado – criado pelas próprias atrizes – sobre as agruras, os prazeres, as crises e as aventuras dessas mulheres de classes sociais menos favorecidas.

“Minha ideia é, a partir do material que as próprias atrizes criaram, trazer à tona personagens que contem suas simples histórias vivenciadas no cotidiano humilde da periferia das grandes metrópoles, com profundidade e muito humor. Cada uma delas vai mostrar as dificuldades, conquistas, o mundo real e a vontade de viver e prosperar em uma metrópole que pode ser São Paulo, Rio, Brasília, qualquer grande cidade do mundo”, conta a diretora.

“Eu adorei ser convidada para dirigir este espetáculo. É muito importante retratar a vida dessas mulheres fortes que sobrevivem heroicamente em um mundo globalizado e consumista como o nosso. Uma estrutura adversa à realidade que elas enfrentam”, diz Sílen de Castro.

“A sutileza do poder de transformação do teatro pega a gente. Me apaixonei pelo talento e criatividade dessas atrizes e resolvi produzir Mulheres Pobres porque é uma sutil e bem humorada crítica a muitos comportamentos que excluem as pessoas que tiveram menos oportunidades de crescer na vida,” comenta a jornalista Roseli Tardelli, que é responsável pela direção de produção do espetáculo.

A montagem

Segundo a diretora Sílen de Castro, os elementos se entrelaçam e conversam entre si. “É um processo de criação coletiva. Os figurinos serão os mesmos usados na websérie. O cenário simples e lúdico – de Otávio Donasci – retrata a vida nos arredores da cidade grande. A iluminação salienta e revela um pouco mais deste cotidiano, valorizando a beleza da simplicidade da vida dessas mulheres e revelando a poesia que existe na simplicidade. As músicas são composições de algumas das próprias atrizes e têm a direção musical de Helena Castro”, conta ela.

“Mulheres Pobres é uma peça que vai com simplicidade, irreverência, muito humor, criatividade e poesia mostrar as dificuldades, esperanças de muitas das mulheres que trabalham e vivem nos grandes centros. O humor já vem trazer este tom de crítica de sátira. Mulheres Pobres vai fazer as pessoas rirem e refletirem sobre o cotidiano difícil da cidade grande”, finaliza a diretora.

Sobre as atrizes

(Evellynn) Cecé Fialho é jornalista e pós-graduada em arte, educação e magistério superior. Participou de mais de 25 espetáculos, indicada como atriz Revelação pela companhia dos “Satyros” e como melhor atriz pela Academia Cena Hum. Em São Paulo, participou de “O Cravo e a Rosa” ,”Cold Meat Party”, “A Farsa do Boi”, “Comunhao de Bens”,direção de Leonardo Miggiorin, ” Recruta Denis V.C de Berdard Shaw, direção de Domingos Nunes. Em 2011, viajou pelo Brasil pelo SESC “Palco giratório” com as peças, ” Kafka” e “Evangelho segundo São Mateus”, texto e direção de Edson Bueno do Grupo Delírio.

(Estephany) Daphne Bozaski começou sua carreira como atriz com sua mãe Ivete Bozaski, aos 12 anos fez sua primeira peça profissional em Curitiba, onde participou de vários espetáculos, entre eles “Romeu e Julieta”,com direção de Nena Inoue e Mauricio Vogue. Estreou em São Paulo em 2011 com o espetáculo “Depois Daquela Viagem”, direção Abigail Wimer, e participou da leitura encena do núcleo de dramaturgia do SESI . Atualmente está em cartaz com “Toda nudez será Castigada”, direção de Antunes Filho.

(Kellen) Fernanda Magnani iniciou sua carreira aos nove anos em Taubaté, onde participou por dez anos do grupo Alda Garrido, dirigido por Paulo Felício na Escola de Artes Maestro Fêgo Camargo. Em Curitiba, formou-se Bacharel em Artes Cênicas pela FAP. Participou de vinte e quatro espetáculos e ganhou o prêmio Gralha Azul de melhor atriz coadjuvante pelo espetáculo “O Burguês Fidalgo”, de Molliere, com direção de Humberto Gomes. Fez Pós em Literatura Brasileira e História Nacional e viajou pelo Brasil como contadora de história.

(Maráia) Flávia Strongolli é atriz e cantora, formada pela Faculdade de artes do Paraná-FAP e pelo Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba. Pós-graduada em Cinema, participou do “Thecnical theatre student” (open class spring) Hollywood-CA. Em São Paulo, trabalhou com o diretor Antunes Filho nas montagens, “O Triste Fim de Policarpo Quaresma” , “Lamartine Babo” e “Prêt-à-porter cult nº 1” com a cena “Desodorante Intimo.” Participou dos musicais “Rock Show” com direção de Wolf Maya e “Tieta do Agreste”. No cinema, participou do longa metragem Estômago.

(Janaínakelly) Jana Mundana, Curitibana, residente em SP, já atuou em mais de 30 montagens teatrais, fez participações especiais na Rede Globo em Os Normais, e o Quinto dos Infernos, tambem já participou de longas-metragens e recebeu 5 prêmios em vários espetáculos teatrais, entre eles A Aurora da Minha Vida, com a direção de Gabriel Villela, como melhor atriz de espetáculo adulto. Cantora e atriz, participou durante 7 anos da Banda Denorex 80 como vocalista, da qual é fundadora.

Ficha técnica

Direção – Sílen de Castro. Elenco e figurinos – Cecé Fialho, Daphne Bozaski, Fernanda Magnani, Flavia Strongolli e Jana Mundana. Direção de Produção – Roseli Tardelli. Supervisão de Produção: Maurício Barreira- Produção: Gabriela Heinz Cenário-Otávio Donasci – Criação Músical- Daphne Bozaski, Fernanda Magnani e Jana Mundana – Direção Musical – Helena Castro; Apresentação Musical: todas as atrizes; Iluminação – Sílen de Castro

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