Tem como objetivo refletir sobre o corpo-mulher, confrontar lugares pré-definidos e sistematizados por homens em nosso mundo patriarcal. É uma tessitura polifônica onde diferentes linguagens se aproximam e compõem um mapeamento híbrido, profundo e provocativo do corpo feminino.

Definições de útero encontradas em dicionários e sistematizadas pela medicina não dialogam com o corpo (ser) mulher em representatividade, organicidade e essência, mas nos orientam na compreensão de uma cultura criada para e por homens. Tais definições ou indefinições são dispositivos que iniciam a ação de investigar e materializar de maneira singular essas discrepâncias e/ou agressões ao corpo-mulher, gerando distorções que se dilatam na construção da cena. “Órgãos ocos” que serão tecidos em resistência, recriando sua forma e existência no mundo. 

Três corpos, três mulheres que se veem, se movem e se encontram na vida e na cena. A dança, a música e o improviso cênico serão territórios a compor novos lugares.

Questionamentos e desconstruções geram um novo corpo coletivo a habitar sempre em fluxo.

O Núcleo Corpoesia nasceu em setembro de 2015, em Piracicaba, SP. Nestes quatro anos vêm ampliando a pesquisa em dança e diferentes
técnicas, como a de improvisação cênica, contato e improvisação, educação somática e gyrokineses®. Idealizado por Vivian Trivelin, é referência de pesquisa do movimento e resistência no interior do estado de São Paulo.

FICHA TÉCNICA

Realização: Núcleo Corpoesia
Idealização: Ivy Calejon e Vivian Trivelin

Direção de movimento: Vivian Trivelin
Direção de arte: Ivy Calejon
Orientação de Pesquisa: Adélia Nicolete
Orientação de direção: Diogo Granato
Pesquisadoras-intérpretes-criadoras: Bruna Camargo, Ivy Calejon, Lívia Pellegrini e Vivian Trivelin
Músico-criador: Ben Trevis
Figurino: Ivy Calejon
Assessoria de figurino: Marcelo Chiaranda
Provocações: Bruna Camargo
Direção Geral: as três mulheres

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos