TEATRO
vestí­gios
22 a 25.08.13Vestígios revisita pesadelos do passado.
Com uma temática extremamente atual no País, tendo em vista as discussões em torno de assuntos como a Comissão da Verdade e a Lei de Acesso à Informação, Vestígios une um texto forte a um trabalho ousado de interpretação por trás de passagens marcadas por violência tanto física quanto psicológica. No enredo, apenas três personagens: dois policiais, na função de investigadores e torturadores, vividos por Carlos Lira e Marcelino Dias; e um professor universitário de história – o torturado, interpretado por Roberto Brandão. “O que você sabe sobre tortura? Que tipos de torturas você conhece?” No texto escrito por Aimar Labaki e dirigido por Antonio Cadengue, os três atores mergulham neste universo de dor, conflitos e pesadelos. Toda a peça é permeada por um clima de suspense, a partir de uma narrativa clara e questionadora que reserva revelações perturbadoras para o final do espetáculo.
SERVIÇO:
Espetáculo VESTÍGIOS (Recife- PE)
Teatro do Centro da Terra
De 22 a 25 de agosto
Quinta, sexta e sábado às 21h
Domingo às 20h
Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00
Gênero: Drama
Duração: 60 minutos
Classificação: 18 anos
Texto: Aimar Labaki
Direção: Antonio Cadengue
Iluminação: Dado Sodi
ELENCO: Carlos Lira, Marcelino Dias e Roberto Brandão
Produção Executiva: Carlos Lira
Fotos: Américo Nunes
ESPETÁCULO contemplado pela FUNARTE, com o PRÊMIO MYRIAM MUNIZ DE TEATRO – 2012 – CIRCULAÇÃO – Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Caruaru-PE.
No domingo (dia 25) às 17h haverá uma palestra gratuita antes do espetáculo:
Teatro de Amadores de Pernambuco: 1941-1991 – Um panorama e alguns closes
Professor: Antonio Edson Cadengue
Apresentação
O Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP) é de capital importância na renovação do teatro brasileiro moderno, ao lado de outros grupos, como o Teatro do Estudante do Brasil, Os Comediantes, o Grupo Universitário de Teatro, o Grupo de Teatro Experimental e, posteriormente, o Teatro Brasileiro de Comédia. Esses grupos, bastante atuantes nas décadas de 1940 e 1950, cimentam as bases de um teatro que valoriza ao máximo o espetáculo na sua totalidade. Inúmeros desses grupos já possuem estudos específicos. O TAP aguardava outra ocasião. Esta palestra traz parte do resultado obtido na pesquisa que empreendemos no nosso mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo, entre 1983-1991, que resultou no livro: TAP: Sua Cena & Sua Sombra, publicado no Recife, pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e o SESC Pernambuco, em 2011. Neste recorte, apresentamos este importante grupo de teatro pernambucano, trazendo um panorama da vida do conjunto ao longo de cinco décadas, e fazendo alguns recortes de sua trajetória, especialmente as montagens de Turkow (1944) e de Adacto Filho (1948), Ziembinski (1949), Willy Keller (1951), Jorge Kossowski (1952), Graça Mello (1953 e 1957), Flamínio Bollini Cerri (1955), Bibi Ferreira (1956) e Hermilo Borba Filho (1958). Também pretendemos apresentar algumas das excursões que o TAP fez ao Sul e Sudeste do país nos anos 50, 60 e 70, e a recepção crítica que seus espetáculos tiveram em Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
Objetivo: oferecer aos participantes desta palestra, um panorama da expressão estética e ideológica do TAP, um dos marcos na modernização do teatro brasileiro, por meio da recepção crítica de seus espetáculos e dos procedimentos utilizados em cena em um momento distante das “revoluções cênicas”, que tomaram os palcos brasileiros nas décadas seguintes. As possibilidades cênicas dos textos encenados pelo grupo também serão debatidas, tendo como estímulo material audiovisual (registro de espetáculos, por meio de fotografias) relativo a essas montagens.
Público-alvo: Professores, estudantes e profissionais de teatro, além de público interessado no assunto.
Carga horária: 2 horas, entre apresentação da palestra e debates.